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Depressão crônica ou tristeza? Entenda as diferenças!

Assim como a alegria, a tristeza também faz parte da vida de qualquer pessoa. Ainda na infância, já começamos a lidar com a frustração e a perda. Mas é importante saber diferenciar um sentimento passageiro de uma doença. Tristeza e depressão são constantemente confundidas. É fundamental saber diferenciá-las para buscar um diagnóstico preciso e o tratamento correto.

Tristeza profunda, o que é?

Quem nunca se sentiu triste? A tristeza é um sentimento natural do ser humano. Porém, ela sempre tem uma causa. São acontecimentos específicos, como por exemplo, o fim de um relacionamento, uma demissão ou a perda de uma pessoa próxima.

Porém, cada pessoa encara esses momentos de uma forma diferente. Algumas buscam companhia, desabafam, tentam se distrair ou fazer atividades prazerosas para esquecer o motivo da tristeza. Outras se isolam, evitam falar sobre o assunto e tentam se recuperar sozinhas, sem ajuda. Tanto um quanto o outro comportamento são normais.

O importante é ter consciência de que a tristeza é um estado mental passageiro. Chorar, não sentir vontade de sair de casa ou de não falar sobre o problema é normal nesse período. Mas com o tempo esse sentimento vai perdendo força, e a pessoa volta a realizar suas tarefas normalmente, sem maiores complicações.

Você pode até duvidar, mas existem especialistas que defendem a ideia de que as emoções negativas como a tristeza, podem ser benéficas. Por exemplo, quando uma pessoa está triste, ela tende a produzir argumentações mais convincentes.

Ela também se torna mais atenta a tudo que acontece a sua volta e mais crítica, analisando as informações com cautela. Ou seja, é como se a tristeza funcionasse como uma espécie de autoproteção.

Além disso, sabe aquele clichê que diz “é errando que se aprende”? Pois então, erros geram frustração e consequentemente tristeza. Esses momentos obrigam a pessoa a focar no que realmente importa naquele determinado momento, como, por exemplo, uma demissão.

Estando mais atenta e focada, é possível analisar os motivos que levaram a pessoa àquele resultado. Somente através desta análise será possível evitar situações semelhantes no futuro. 

Como identificar a depressão crônica?

A depressão se manifesta de diferentes formas. Ou seja, cada pessoa reage de uma maneira. Alguns se isolam completamente, outros alternam momentos de profunda tristeza com picos de euforia. Também há níveis diferentes, como leve, moderada ou grave. Alguns pacientes acreditam que estão passando apenas por um momento ruim e banalizam a depressão. Enquanto outros pensam estar com uma doença muito mais grave, por conta dos sintomas intensos.

O fato de muitas pessoas usarem a frase “estou deprê”, para dizer que estão passando por momentos de tristeza, acaba causando confusão. Estar momentaneamente deprimido é bem diferente da depressão, que é um distúrbio mental. Enquanto momentos de tristeza são comuns e fazem parte das experiências humanas, a depressão é uma doença que precisa de diagnóstico correto e tratamento.

Quais são as diferenças entre tristeza e depressão?

Apesar de muitas pessoas confundirem tristeza e depressão, existem alguns limitadores importantes.

Tempo

É importante entender que enquanto a tristeza é um sentimento passageiro, a depressão é persistente. Quando uma pessoa passa por uma experiência negativa, ela pode se desesperar, chorar e o sentir o coração acelerar. Porém, com o passar dos dias, esse comportamento vai mudando. Ela retoma sua personalidade normal e as atividades diárias.

Já a depressão parece acompanhar o paciente. O comportamento não evolui. Algumas vezes vai e volta, porém, persistindo por longos períodos. É difícil especificar um tempo exato, mas diferente da tristeza, a depressão não passa sozinha. Quer um exemplo? Uma pessoa pode permanecer de luto pela morte de alguém por um ou dois anos, mas não estar depressiva. Já outra pode ser diagnosticada com o transtorno por apresentar os sintomas típicos em apenas um mês.

Na depressão, o paciente não consegue retomar as suas atividades com o passar do tempo. Mesmo quando acontece algo positivo, a falta de energia e o sentimento de tristeza continuam.

Motivação

É importante e saudável saber lidar com a tristeza. Porém, nem todos reagem da mesma maneira. Por isso, é verdade que, em alguns casos, é possível que após um acontecimento traumático, o quadro de tristeza profunda se transforme em depressão. Ou seja, a tristeza pode ter desencadeado uma doença quando o sentimento persiste e surgem outros, como por exemplo, apatia, desinteresse pela vida e falta de perspectiva.

Porém, diferente da tristeza, em muitos casos a depressão pode não ter um motivo específico. Normalmente, a pessoa depressiva não consegue elencar um acontecimento como causa principal da sua condição.

Causas

A depressão não é um sentimento, é um transtorno. O que acontece é uma alteração, um desequilíbrio químico no cérebro.

Ela funciona mais ou menos assim: os neurônios deixam de produzir os neurotransmissores responsáveis pela felicidade, por exemplo, em quantidade suficiente. O resultado é uma pessoa infeliz, sem ânimo, pessimista e aparentemente mal humorada.

Com o tempo, é possível que a neurologia da pessoa se condicione a funcionar dessa maneira, o que faz com a produção dos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de bem-estar, alegria/felicidade, prazer acabem se mantendo em níveis abaixo do necessário para gerar as boas sensações.

Por causa do desequilíbrio hormonal, pode ocorrer a necessidade do uso de medicamentos durante o tratamento.

Aprender a reprogramar o sistema nervoso e a ressignificar a própria história tem um efeito fantástico na recuperação da depressão.

Sintomas

A depressão possui diversos outros sintomas, que vão além da tristeza profunda. Durante a consulta com um psicoterapeuta, certamente ele perguntará se você sente:

  • insônia ou sono excessivo;
  • choro sem causa aparente;
  • medos em geral;
  • falta ou excesso de apetite;
  • ganho ou perda de peso;
  • apatia;
  • desinteresse pelas atividades do dia a dia;
  • falta de perspectiva;
  • culpa;
  • angústia;
  • autodesvalorização ou baixa autoestima;
  • cansaço crônico;
  • dificuldade de concentração;
  • dificuldade na tomada de decisões;
  • redução do interesse sexual;
  • pensamentos suicidas;
  • alucinações e delírios.

Tratamento

Apesar de a tristeza estar presente na depressão, as formas de tratamento são diferentes. Muitas pessoas conseguem superar um momento ruim sozinhas, porém é aconselhável procurar ajuda. Mesmo não sendo considerada uma doença, a tristeza profunda, em alguns casos, pode desencadear outros problemas mais graves.

Já a depressão necessita de uma atenção diferente. Normalmente, uma pessoa doente tem sua vida social e profissional afetada. A busca por ajuda pode evitar prejuízos maiores. Atualmente existem diversos tipos de tratamentos como a psicoterapia, a hipnoterapia e medicamentos específicos. Vale lembrar que a hipnoterapia trabalha de maneira muito eficaz a reprogramação do cérebro e sistema nervoso e a ressignificação da história da pessoa, atuando no que se denomina Psiconeuroimunoendocrinologia – mas isso é assunto pra outro artigo. Porém, é indispensável que esse acompanhamento seja realizado por um profissional capacitado.

Ajude outras pessoas a saberem diferenciar tristeza e depressão, compartilhando esse conteúdo nas redes sociais. Não esqueça, o diagnóstico precoce depende de informação e conhecimento.

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